
Vitamina D
Descoberta na década de trinta e sua deficiência correlacionada ao raquitismo em crianças. Mais tarde descobriu-se que ela é um pró-hormônio que associado ao paratormônio (PTH), atua como importante regulador do metabolismo ósseo. Ao longo dos anos a literatura médica publicou uma infinidade de artigos científicos nas mais renomadas revistas médicas demonstrando que sua ação no corpo humano é muito mais ampla que imaginávamos.
A VITAMINA D é essencial para o perfeito funcionamento do sistema imunológico. A Vitamina D estimula a produção de células de defesa e substâncias com ação antimicrobianas, capazes de nos defender contra infecções causadas por vírus, fungos e bactérias.
A VITAMINA D também nos protege contra a depressão, ansiedade, câncer, diabetes mellitus, doenças autoimunes, neurodegenerativas e cardiovasculares, entre tantas outras.
Potencial terapêutico da VITAMINA D
Gripes e resfriados: Estudo realizado em Cambridge, correlacionou a deficiência de Vitamina D com o aumento da incidência de doenças respiratórias em crianças. O tratamento com Vitamina D foi capaz de reverter a situação.
Psoríase: Estudo publicado pelo UK PubMed central, mostrou que análogos sintéticos da vitamina D são úteis no tratamento da psoríase.
Dor, fadiga e fraqueza muscular: O Dr. Michael F. Holick, especialista em Vitamina D, relata que esses são sintomas comuns em pacientes com deficiência de Vitamina D.
Dores ósseas e articulares: O Dr. Michael F. Holick, relata que esses são sintomas comuns em pacientes com deficiência de Vitamina D.
Doença renal crônica: O Dr. Michael F. Holick, relata que pacientes com doença renal crônica avançada, especialmente em diálise, são incapazes de produzir a forma ativa da Vitamina D.
Diabetes mellitus tipo I: Estudo realizado na Finlândia foi destaque no Lancet.com. 10.366 crianças receberam 2.000UI/Dia de vitamina D3 durante o primeiro ano de vida e foram monitoradas durante 31 anos. O risco de diabetes foi reduzido em 80%.
Asma brônquica: A vitamina D pode reduzir a gravidade das crises de asma. Pesquisas realizadas no Japão revelaram uma redução significativa das crises, nas crianças em idade escolar, que receberam uma suplementação de 1.200UI/Dia de Vitamina D.
Doenças cardiovasculares: Pesquisa realizada na Universidade de Harvard entre enfermeiros, concluiu que mulheres com níveis baixos de Vitamina D, menor que 17ng/mL, tiveram um aumento de 67% no risco de desenvolverem hipertensão arterial e insuficiência cardíaca congestiva.
Depressão e ansiedade: Vem sendo associadas à deficiência de Vitamina D. Um estudo realizado em mulheres grávidas e crianças na primeira infância, concluiu ser essa vitamina essencial para o desenvolvimento cerebral da criança e seu comportamento emocional quando adulta.
Câncer: Pesquisadores da Georgetown University Medical Center, em Washington DC, descobriram uma ligação entre a ingestão elevada de Vitamina D e a redução do risco de câncer de mama. Esses resultados, apresentados na Associação Americana para Pesquisa do Câncer, revelaram: o aumento dos níveis séricos de vitamina D foi associado a uma redução de 75% em todos os tipos de câncer e 50% a menos de recorrência do câncer de mama.
Doença periodontal: Portadores de inflamação e sangramento gengival crônico, devem considerar aumentar o seu nível sanguíneo de Vitamina D. Porque ela aumenta a produção de defensinas e catelicidinas, compostos com propriedades antimicrobianas, que reduz o número de bactérias na boca.
Principais sintomas da deficiência de Vitamina D
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Psoríase.
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Depressão e ansiedade.
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Fadiga crônica - Cansaço que não melhora.
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Fibromialgia - Dores musculares constantes.
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Dores nos ossos, nas articulações e na coluna vertebral.
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Ficar sempre doente - com infecções e inflamações recorrentes.
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Dificuldade para perder peso e facilidade para ganhar peso.
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Transpiração excessiva e súbita sem um motivo aparente.
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Dificuldade de cicatrização, especialmente em diabéticos.
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Queda de cabelo e alopecia, especialmente em mulheres.
Algumas considerações sobre a deficiência de Vitamina D
Nove, entre dez pessoas investigadas no mundo, tem deficiência de Vitamina D. Não é incomum encontramos pessoas cujo nível sanguíneo é inferior a 15 ng/mL. Estamos diante de uma pandemia de deficiência da Vitamina D. A VITAMINA D é um nutriente proveniente de alimentos gordurosos, especialmente os de origem animal, como, carnes gordas, vísceras, peixes gordos e ovos.
Com o intuito de proteger o coração diminuímos muito o consumo desses alimentos. As pessoas hoje em dia entram no supermercado procurando por produtos light. De acordo com Dr. Heike R. Bischoff Ferrari, da Universidade de Zurique, países onde o inverno é muito longo, para manter os níveis de Vitamina D acima de 30 ng/mL, é necessárias duas porções diárias e bem generosas de peixes gordos, como salmão, cavala, arenque ou sardinha. O estilo de vida moderno também tem a sua parcela de culpa.
As pessoas acordam, pegam o carro na garagem e dirigem até a garagem do prédio onde trabalha, trabalham até de noite e vão para casa, sem que uma gota de sol pegue em sua pele. No final de semana acorda tarde, cansado e desiste de tomar um sol. E fazemos atividade física praticamente dentro de academias. Sem SOL - Sem Vitamina D.
Suplementação de Vitamina D
A VITAMINA D tem tanto uma ação imunoestimulante, como uma ação imunosupressora, dependendo da dose utilizada.
Para se atingir o nível sanguíneo e terapêutico acima recomendado, a dose diária de Vitamina D, vai variar de acordo com a individualidade e a capacidade capacidade absortiva intestinal de cada um. Em nossa experiência, normalmente precisamos de 10.000UI/Dia para manter o nível sanguíneo de Vitamina D entre 50-70 ng/ml.
Quando se utiliza doses superiores a 20.000UI/Dia, é recomendável que se reduza o consumo de alimentos ricos em cálcio, suspenda o uso de suplementos que contenham cálcio e monitore os níveis de cálcio e fósforo no sangue e na urina, além de outros marcadores que avaliam o metabolismo do cálcio e a função renal, entre outros.
O PROTOCOLO COIMBRA de VITAMINA D - O Dr. Cícero Coimbra, médico brasileiro com maior experiência na utilização da Vitamina D no tratamento de doenças autimunes e neurodegenerativas, geralmente utiliza em seu protocolo doses superiores a 20.000UI/Dia, acompanhada de uma dieta rigorosa de ingestão de cálcio.
A VITAMINA D necessita do apoio de outros nutrientes para execer todo o seu potencial terapêutico e reduzir a possibilidade de efeitos colaterais, como: Magnésio, manganês, boro, silício, genisteína, vitaminas K2 e B2.
A VITAMINA D necessita também do apoio de outros nutrientes quando for usada com o objetivo de fortalecer o sistema imunológico, como: Vitaminas A, C e E + Zinco, cobre e selênio.
Atenção: A VITAMINA D em doses superiores a 2.000UI/Dia, não deve ser utilizada sem acompanhamento médico, especialmente em portadores de cálculo renal e pacientes em uso de medicamentos ou suplementos para tratamento de osteoporose.
Artigo escrito por:
Dr. Antonio Geraldo Camara
Tel: (16) 99622-8080
Ribeirão Preto, SP
Dr. Eduardo Poletti Camara
Tel: (16) 99622-8080
Ribeirão Preto, SP
Dr. Frederico Pretti
Tel: (31) 98219-7475
Belo Horizonte, MG